quarta-feira, 2 de maio de 2012

CIGANOS EUROPEUS, A PERSEGUIÇÃO CONTRA OS POBRES ENTRE OS POBRES


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sábado, 28 de abril de 2012

CIGANOS EUROPEUS, A PERSEGUIÇÃO CONTRA OS POBRES ENTRE OS POBRES



Há entre 10 milhões e 12 milhões de ciganos na União Europeia, a maioria vivendo em circunstâncias de calamidade, vítimas de pobreza, discriminação, violência, desemprego e habitação precária. Cerca de 1,5 milhão vivem na Romênia, um país de 22 milhões de habitante, que tem a maior população de ciganos na Europa. 400 mil ciganos vivem na França.  


Apesar de serem europeus e constituem a maior minoria no Velho Continente, as suas vidas são marcadas pelo desemprego, discriminação e pobreza.


Dentro dessa população as crianças são mais vulneráveis. Cerca de 60 por cento das crianças ciganas não vão à escola e apenas um em cada 10 freqüenta a escola secundária. Entre o povo cigano a mortalidade infantil é cinco vezes maior do que a das crianças francesas e a  expectativa de vida média dos adultos é entre 50 e 60 anos.



Embora uma expressiva porcentagem do ciganos europeus estejam fixados nas cidades e incorporados as comunidades uma grande parte deles são nômades, historicamente morando em acampamentos improvisados para as suas caravanas instaladas de forma precária à beira de estradas e nas periferias afastadas dos centros das cidades.


 Os ciganos em trânsito vivem temporariamente em uma região, em um determinado lugar, mas sempre a margem, sem se integrar completamente à vida comunitária local, pois estas, mergulhadas em preconceitos, os discriminam. Caso este povo milenar fosse tratado com o respeito que merece haveria lugares apropriados com infraestrutura para os receber como cidadãos que são, mas isto está longe de ser a realidade.

Na França do fascista  Nicolas Sarkozy a perseguição seguida de deportações é de forma escancarada uma constante. Só em 2009 quase 12.000 ciganos foram expulsos do território francês, em sua maioria em direção à Romênia, mas também para Bulgária.  O que ocorre no resto da Europa não é diferente.


De maneira bem mais camuflada e hipócrita, no silêncio, a Alemanha, Bélgica e Itália, onde a população de ciganos é bem superior a da França, praticam a mesma política de discriminação e exclusão. A diferença marcante é que os governos destes paises não usam abertamente o vergonhoso fato para tentar ganhar, em busca de votos, a simpatia da extrema direita. Em todos estes países, como em outros, o discurso eugenista do nazismo ainda se faz presente.

Na França, onde o centro esquerda avança nas eleições a comunidade de 10.000 a 15.000 ciganos tornou-se um dos alvos para tentar alavancar a pouca aprovação do péssimo governo do presidente Nicolas Sarkozy, que em vez de apresentar as realizações do seu mandato, por não ter o que dizer tenta ganhar a simpatia da direita com seu discurso eugenista contra um "inimigo interno", no caso os ciganos, os pobres entre os pobres.




  "Ser cigana na Europa significa desemprego, discriminação e problemas sociais enfrentados; preconceitos e imagem negativa que a sociedade se formou porque a sua cultura e seus valores são diferentes, para usar um nome incomum e às vezes a sua pele mais escuro. "
(Carmen Esquivel) 

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