terça-feira, 23 de outubro de 2012

guarani kaiowá


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Descrição: Várias cruzes, simbolizando índios mortos, marcam protesto em frente ao Congresso Nacional de entidades que pedem proteção aos índios da etnia Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, ameaçados de expulsão da área por fazendeiros.

Não éramos muito, é verdade,  mas o ato disse a que veio.
Abaixo notícia que acabo de ler na Folha on line aos que ainda não viram.

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http://www1.folha.uol.com.br/poder/1171939-indios-cobrem-gramado-da-esplanada-dos-ministerios-com-cruzes.shtml


19/10/2012-16h33

Índios cobrem gramado da Esplanada dos Ministérios com cruzes

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DA AGÊNCIA BRASIL

Comunidades indígenas e entidades de defesa desses povos fazem protesto próximo ao Congresso Nacional nesta sexta-feira (19). Foram colocadas 5.000 cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios.
O protesto simboliza índios mortos e ameaçados, especialmente os guaranis kaiowás, de Mato Grosso do Sul, que hoje é a etnia que mais sofre com a violência fundiária, segundo os organizadores. Os indígenas também reivindicam a homologação e demarcação das terras.
Wilson Dias/Agência Brasil
Descrição: Índio Elizeu Lopes Guarani
Índio Elizeu Lopes Guarani em Brasília
Segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), entidade ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), foram assassinados no país 503 índios entre 2003 e 2011. Do total, mais da metade, 279 são do povo Guarani Kaiowá.
"Precisamos que o Estado tome as iniciativas adequadas que são de direito e dever do Estado brasileiro para a proteção física das pessoas, dos indivíduos guaranis kaiowás e, especialmente, tome as iniciativas estruturantes no sentido de implementar suas terras tradicionais e assim, superar os conflitos naquela região", explicou o secretário do Cimi, Cleber Buzatto.
Na semana passada, depois de serem ameaçados de expulsão por uma decisão da Justiça Federal de Naviraí, em Mato Grosso do Sul, os 170 índios --que há um ano estão acampados na Fazenda Cambará, às margens do Rio Hovy, no município de Naviraí-- divulgaram uma carta, na qual pedem que o governo e Justiça Federal não decretem a ordem de despejo.
"Estamos fazendo esse ato para dizer que muitas lideranças já foram mortas, derramaram sangue pelas suas terras, mas não queremos mais isso. Já decidimos coletivamente, não vamos sair das terras porque nós não temos para onde ir", disse o líder indígena, Eliseu Lopes.
Wilson Dias/Agência Brasil
Descrição: Rose Cabrera Kaiowá e Elizeu Lopes Guarani- Kaiowá colocam cruzes, simbolizando os mortos, marcando o protesto em frente ao Congresso Nacional de entidades que pedem proteção a índios da etnia Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, ameaçados de expulsão da área por fazendeiros não índios
Índios Rose Cabrera Kaiowá e Elizeu Lopes Guarani e membros de entidades em defesa desses povos protestam em frente ao Congresso Nacional. Eles colocaram cruzes na Esplanda dos Ministérios em Brasília
A Funai (Fundação Nacional do Índio) não se manifestou até a publicação dessa reportagem.

 

Índios cobrem Esplanada dos Ministérios com 5 mil cruzes em protesto

Agencia EFE
Brasília, 19 out (EFE).- Cerca de 5 mil cruzes foram colocadas nesta sexta-feira nos gramados da Esplanada dos Ministérios, em um protesto organizado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) contra a violência sofrida pelos índios como consequência de conflitos fundiários.
'É necessário que o Estado garanta a proteção física das pessoas e especialmente dos índios', vítimas de conflitos recorrentes e violentos pela propriedade de terras no interior do Brasil, disse o secretário do Cimi, Cleber Buzatto.
Segundo dados do Cimi - entidade vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - 503 índios foram assassinados entre 2003 e 2011 por conflitos fundiários.
Buzatto disse que a maioria das vítimas pertencia à etnia Guarani Kaiowá, e denunciou que os indígenas sofrem uma 'perseguição sistemática' em algumas regiões do país, especialmente no estado do Mato Grosso do Sul.
O secretário do Cimi também exigiu que o governo adotasse as medidas necessárias para impedir a remoção de 170 índios dessa tribo, que um tribunal do estado pretende expulsar das terras nas quais permanecem acampados há mais de um ano.
As terras pertencem a um fazendeiro da região, mas os índios afirmam que fazem parte do território de 30 mil hectares habitado pelos guarani kaiowá há mais de dois séculos. EFE

Índios protestam contra ameaça de despejo de aldeia no Mato Grosso do Sul
Organizações que representam etnias indígenas espalharam 5 mil cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília; protesto também visa chamar a atenção para a violência fundiária
19 de outubro de 2012 | 20h 18
Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Organizações representativas de várias etnias indígenas espalharam nesta sexta-feira 5 mil cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios para protestar contra a violência fundiária e chamar a atenção das autoridades em relação ao drama de uma aldeia guarani-caiová, ameaçada de despejo, por decisão judicial, da área que ocupa na Fazenda Cambará, às margens do Rio Hovy, em Naviraí, Mato Grosso do Sul. A Fundação Nacional do Índio (Funai) recorreu da decisão e deixou equipes de prontidão no local para evitar confrontos.
Descrição: Organizações espalharam 5 mil cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília - Andre Dusek/AE
Andre Dusek/AE
Organizações espalharam 5 mil cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília
Os índios, segundo os organizadores do movimento, decidiram resistir à ordem de desocupação e ameaçam, como último recurso, partir para o suicídio coletivo, uma tática usada no passado. A ameaça dos índios foi comunicada ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que determinou providências urgentes à Funai. Nesta sexta-feira, uma comitiva, comandada pelo líder do PV na Câmara, deputado Sarney Filho (MA), levou o caso também ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto.
Dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) indicam que, entre 2003 e 2011, foram mortos 503 índios no País, vítimas de violência fundiária. Desse total, 279 são do povo guarani-caiová, que há mais de 50 anos teve suas terras invadidas no Mato Grosso do Sul por projetos de colonização agrícola e, deste então, vive em conflito pela homologação e demarcação de suas reservas.
Recentemente, um grupo de 170 índios ocupou uma área na Fazenda Cambará, que eles alegam pertencer à etnia. Mas, no início deste mês, a Justiça Federal de Naviraí concedeu liminar determinando a desocupação da área. Desde então, eles passaram a discutir o suicídio como protesto, segundo alertou Sarney Filho. "Expliquei a gravidade do assunto e das sucessivas agressões aos guarani-caiová, que os levaram a fazer do suicídio uma prática comum entre eles e que agora 170 pessoas ameaçam tirar a própria vida", enfatizou.
Em nota, a Funai informou que adotou todas as medidas legais para reverter a decisão judicial e que não há data definida para cumprimento da liminar. Disse que o risco de suicídio coletivo não é confirmado pelos índios que ocupam a fazenda e que mantém uma equipe acompanhando a situação no local, sob supervisão da Coordenação Regional do órgão em Ponta Porã. O recurso da Funai para derrubar a liminar foi interposto no Tribunal Regional da 3ª Região, em São Paulo.

Yvone Magalhães Duarte
Coordenadora Geral – Coordenação Geral
Conselho Federal de Psicologia
www.cfp.org.br | gerencia@cfp.org.br
(61) 2109-0100

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