sábado, 8 de junho de 2013

Mulheres de 15 a 18 anos e grávidas são mais agredidas, aponta pesquisa

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Mulheres de 15 a 18 anos e grávidas são mais agredidas, aponta pesquisa
 

Tatiana Félix
Adital
Pesquisa de prevalência da violência doméstica nos serviços de saúde, apresentada no último dia 15 no Uruguai, revelou a situação de violência doméstica relatada por mulheres maiores de 15 anos que buscam atendimento nos serviços de saúde público e privado do país. O estudo foi elaborado pela Faculdade de Medicina, pelo Instituto de Estatística e pelo Ministério de Saúde Pública, no marco do Programa Integral de luta contra a violência de gênero.O mapeamento analisou 1.200 casos de mulheres de todos os níveis educativos, distribuídos em localidades com mais de cinco mil habitantes e constatou diferentes agressões contra as mulheres: violência doméstica – 27,7% dos casos, violência psicológica – 23,9% dos casos, violência física – 6,3% e violência sexual com 6,2% dos relatos.
De acordo com a pesquisa, uma em cada quatro mulheres sofre violência doméstica no Uruguai. As que estão na faixa etária dos 15 aos 18 anos são as mais agredidas, com 35,4% dos casos. Já as maiores de 65 anos são as menos agredidas (22%). Oito de cada 10 mulheres declararam terem sido agredidas por um homem que, em 40% dos casos é o seu parceiro atual. Se considerar os namorados, ex-namorados ou ex-esposos esse índice de agressores sobe para mais de 60%.
Conforme os relados colhidos pelo estudo, a situação em que as mulheres mais sofrem violências é durante a gravidez (14%). A frequência das agressões, segundo a pesquisa, é de quase todos os dias (20,5%), uma ou duas vezes por semana (15,1%), uma ou duas vezes por mês (21,7%), menos de uma vez ao mês (19,9%). Algumas entrevistadas afirmaram terem sofrido algum tipo de violência de gênero nos últimos 12 meses.
A ministra de saúde, Susana Muñiz, disse que essa é a primeira vez que o país faz um levantamento e disponibiliza dados sobre violência contra mulheres. Para ela, este é um problema de saúde pública, direitos e segurança que requer a elaboração de políticas e ações preventivas. A ministra ressaltou ainda que o levantamento servirá de base para monitorar, ampliar e aprofundar ações de combate a este tipo de violências e que é importante conscientizar homens e mulheres a respeito de direitos e contra a violência.
A pesquisa foi realizada no marco do "Programa integral de luta contra a violência de gênero”, que é realizado pelo Ministério de Desenvolvimento Social através do Instituto Nacional das Mulheres, Ministério do Interior, Poder Judicial e Ministério de Saúde Pública, com o acompanhamento da Agência Uruguaia de Cooperação Internacional (AUCI) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).
Para saber mais, acesse: http://www.msp.gub.uy/uc_7676_1.html

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