sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ambulantes dão à Arena Pantanal traços de estádios antigos

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Ambulantes dão à Arena Pantanal traços de estádios antigos

Arena Pantanal conta com vendedores ambulantes
Foto: Keka Wenerck / Especial para Terra
A Arena Pantanal, com toda sua modernidade, manteve um serviço típico dos pequenos estádios: a venda ambulante de comida e bebida. O estádio no Mato Grosso vai sediar quatro jogos da Copa do Mundo da Fifa 2014.
Das arquibancadas ou dos camarotes é possível chamar um vendedor, que anota o pedido e vai buscar nas lanchonetes, sendo quatro no setor oeste e mais quatro no leste. Valdeir de Almeida dos Santos, 39 anos, é um dos 68 vendedores ambulantes que trabalharam durante o jogo entre o Cuiabá e o Inter, pela Copa do Brasil, na última quinta.
“Se eu não trabalhasse com isso, eu ia dar um jeito de comprar um ingresso para ver pelo menos um jogo da Copa. É caro, mas é um jogo que enobrece a gente. Agora vou ver os quatro jogos. Trabalhando, atendendo os clientes e vendo as jogadas”, comemorou
Os vendedores ambulantes foram contratados pela empresa JMC Bar, que fez uma parceria com o governo do Estado, juntamente com o Cuiabá Esporte Clube, para explorar as lanchonetes.
Quem vai à Arena Pantanal encontra para comer apenas salgadinhos industrializados e para beber refrigerantes, sucos e água. Nos jogos que anteciparem o Mundial, não haverá cerveja porque a legislação estadual não permite. Na Copa, será vendida a bebida alcoólica, conforme autorizou a lei geral da Fifa.
“Resolvemos manter os ambulantes como nos fazíamos no Dutrinha e no antigo Verdão”, explica Haroldo Caramânico, responsável pelo setor de bar. O Dutrinha é um estádio público e o Verdão foi demolido para dar lugar à Arena Pantanal.
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Caramânico explica que a intenção é, durante a Copa, vender alguma guloseima típica de Cuiabá, como banana frita, bolo de queijo ou outros pratos cuiabanos, mas por enquanto o estádio ainda não tem estrutura para isso e a Vigilância Sanitária não autorizou. 
Dança típica anima torcedores no intervalo
O grupo Flor Ribeirinha abriu o segundo tempo do jogo entre o Cuiabá Esporte Clube e o Internacional/RS com uma dança típica de Cuiabá e não muito conhecida em todo o Brasil: o siriri e o cururu. Essa dança, em Mato Grosso, é muito comum em festas de santos, especialmente São Benedito e Divino Espírito Santo.
Os cururueiros, quase todos negros, tocam ganzá, reco-reco e viola de coxo, um instrumento talhado em madeira da mesma forma que são feitos os cochos – onde animais rurais se alimentam. A viola de coxo é típica de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também. Alguns pesquisadores indicam que essa cultura tem influência indígena. Outros falam em influência jesuíta.
Enquanto os cururueiros entoam as canções ribeirinhas, os casais, vestidos de roupas florais, dançam o siriri, que lembra brincadeiras indígenas.
A Arena Pantanal vai sediar quatro jogos da Copa do Mundo da Fifa e, nessas oportunidades, esses movimentos culturais devem ser apresentados aos torcedores e às seleções que vão jogar ali: Colômbia, Japão, Bósnia, Nigéria, Coreia do Sul, Rússia, Chile e Austrália.
Especial para Terra

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