sexta-feira, 13 de junho de 2014

DOSSIÊ: COPA PARA QUEM E PARA QUÊ? OLHARES SOBRE O LEGADO DO MUNDIAL NO BRASIL

heinrich boll
http://br.boell.org/pt-br/dossie-copa-para-quem-e-para-que

para download do dossiê:
http://br.boell.org/sites/default/files/pdf_-_formated_text_pacs_por_maril.pdf

DOSSIÊ: COPA PARA QUEM E PARA QUÊ? OLHARES SOBRE O LEGADO DO MUNDIAL NO BRASIL

Grid image
Comunidade Metrô Mangueira.
Photo: Mídia Ninja
Sediar o mundial da Fifa faz com que o país que a recebe tenha atenção do mundo inteiro e a promessa de ganhos sociais e econômicos, embalados no clima mágico da emoção do futebol. Mas pela primeira vez na história, o que se vê é uma grande onda de questionamentos sobre os significados reais de um megaevento internacional para a população que o recebe. Buscando refletir sobre esses sentidos, unidos ao já lema “Copa pra quem?,” a Fundação Heinrich Böll convidou jornalistas e especialistas para reunirem suas análises em um dossiê.  Assim, reportagens, artigos, mapas, fotos e vídeos mostram como as ações da Fifa, dos governos e das empresas patrocinadoras estão mercantilizando cada vez mais os espaços públicos usando a justificativa de benefícios futuros para os brasileiros que receberão a Copa.
Parte do artigos mostram que teremos a Copa mais cara de todos os tempos: cerca de 85% dos custos serão arcados pelos cofres públicos, na direção contrária do que o ex presidente Lula afirmou, quando disse que tudo seria “bancado” pela iniciativa privada. Os preparativos para o mundial também influenciaram a já grave questão habitacional no Brasil, pois os grandes projetos oficialmente ligados a mobilidade urbana, muitos deles ainda inacabados, estão trazendo como consequência a remoção de cerca de 200.000 pessoas, segundo dados da Ancop (Articulação Nacional de Comitês Populares da Copa).  Os regimes legislativos de exceção e uma escalada de militarização que entende protesto como crime também fazem parte dos elementos desse conjunto de artigos que buscam analisar o contexto da aposta dos megaeventos e megaemprendimentos como peças essenciais da atual aposta de modelo de desenvolvimento do país.  
Esse webdossiê foi idealizado para um público internacional, assim já está online em alemão e estará em breve em inglês. Mas acreditamos que mesmo pensada dessa forma, as análises também acrescentam relevantes dados e reflexões para brasileiros que buscam perspectivas críticas sobre a realidade e posições que fortaleçam a busca pela garantia de direitos. 

FUTEBOL E DEMOCRACIA

Protesto contra a Copa em Brasília
por
Déjà vu: as críticas à Copa do Mundo no Brasil são muito semelhantes aos argumentos usados contra o Mundial na África do Sul. Na época da Copa na África do Sul, ficou claro que os prognósticos sobre os efeitos econômicos positivos eram totalmente exagerados. No final das contas, os contribuintes e até mesmo as empresas foram obrigados a pagar muito mais.
0
A Copa do Mundo da Fifa no Brasil será a mais cara da história. A previsão inicial de R$ 10 bilhões mais que dobrou e até agora chega a cerca de R$ 25 bilhões, podendo aumentar ainda mais, pois várias das obras ainda não foram finalizadas. Propalada pelo governo brasileiro e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como aquela que seria a Copa da iniciativa privada, apenas 20% dos recursos estão sendo cobertos por empresas privadas.

Vídeos

O vídeo ‘No, I’m not going to world cup’ (Não, eu não vou à Copa do Mundo), de Carla Dauden, uma brasileira de 23 que mora em Los Angeles (EUA) virou febre na internet, com quatro milhões de acessos.
O vídeo questiona o legado da Copa, o gasto excessivo com as obras as remoções forçadas, a precariedade do sistema de saúde e a brutalidade policial.
Em junho de 2013 quando aconteceram as grandes manifestações no Brasil, Carla postou um novo vídeo ‘Yes, you can still go to the World Cup – If” (Sim, você ainda pode ir para a Copa do Mundo - Se). Neste vídeo Carla continua a fazer críticas, condicionando a ida ao Brasil a questionamentos quanto à Fifa e ao governo brasileiro.

AS MANIFESTAÇÕES

"Quando seu filho estiver doente, leve ele ao estádio," diz um dos cartazes de uma das manifestações no Rio, em junho de 2013
por
Quais são os legados de uma Copa do Mundo? A resposta depende de outra pergunta: para quem? Para os moradores que vêm sendo removidos, a Copa significa a perda da moradia e, geralmente, também da base econômica de sobrevivência.
0
Manifestação em 15 de outubro de 2013
por
As manifestações de junho de 2013 no Brasil não tiveram como protagonista apenas a classe média. Moradores de favelas e pobres da periferia, também foram para as ruas reivindicar seus direitos. Uma população que questiona a presença do estado apenas como agente repressor e não como promotor da cidadania e inclusão social.
0

Nenhum comentário:

Postar um comentário